Governo insiste em conspiração no atentado ao STF, ignorando fatos objetivos.
Desde o início, as autoridades afirmaram que o terrorista-suicida não agiu sozinho, descartando a possibilidade de um ato isolado.

Os eventos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, têm gerado mais teorias do que respostas baseadas em fatos objetivos. Francisco Luiz, um chaveiro de Santa Catarina, foi à capital com explosivos amarrados ao corpo. Após ser impedido de entrar no STF, ele voltou à praça e detonou os artefatos, tirando apenas a própria vida.
Mensagens deixadas por Luiz sugerem que ele enfrentava problemas mentais. Investigadores rastrearam seus passos em Brasília e constataram que ele não teve contato com figuras políticas, influentes ou autoridades. Hospedado em uma pensão em Ceilândia e sem treinamento em explosivos, Luiz agiu de forma solitária e inepta. Sua história política é irrelevante: foi candidato a vereador em 2020 pelo PL, obtendo apenas 98 votos.
Apesar desses fatos, as autoridades descartaram a hipótese de um ato isolado e insistem que o caso faz parte de uma conspiração maior. O STF classificou o incidente como um “prosseguimento dos atos golpistas de 8 de janeiro” e incluiu a investigação no mesmo inquérito sobre os ataques de dois anos atrás.
A abordagem oficial priorizou teorias e narrativas que reforçam a impossibilidade de anistia aos envolvidos nos atos golpistas, enquanto o exame das evidências sobre Francisco Luiz foi rapidamente deixado de lado. A postura levanta questionamentos sobre a real intenção da narrativa oficial: entender o que ocorreu ou ajustar os fatos a uma conclusão já definida?
Revista Oest