“Paraibano Indiciado pela PF Fica de Fora de Denúncia da PGR Sobre Tentativa de Golpe.”
-.Fala Silva.- Ex-assessor de Bolsonaro estava entre os investigados, mas não foi denunciado pela PGR.

O paraibano Tércio Arnaud Chaves, indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investigou uma suposta tentativa de Golpe de Estado, não foi incluído na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18). A peça da PGR acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas de envolvimento na tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva.
Tércio, natural de Campina Grande, ganhou destaque na política após ser descoberto por Julian Lemos e aproveitado por Carlos Bolsonaro entre 2013 e 2014 devido à sua atuação na internet, onde produzia memes contra o governo Dilma Rousseff e apoiava Bolsonaro. Durante o governo Bolsonaro, ele foi apontado como um dos integrantes do chamado “Gabinete do Ódio”, um grupo suspeito de disseminar desinformação e coordenar ataques virtuais contra adversários políticos.
Com a vitória de Bolsonaro em 2018, Tércio foi nomeado assessor especial da Presidência da República, cargo pelo qual recebia um salário de quase R$ 14 mil, mesmo sem experiência política anterior. Em 2022, afastou-se da função para disputar uma vaga como suplente de senador na Paraíba na chapa de Bruno Roberto (PL), mas não obteve sucesso. Logo após a derrota eleitoral, foi renomeado como assessor presidencial em outubro do mesmo ano.
Apesar de seu indiciamento pela PF, a decisão da PGR de não incluí-lo na denúncia levanta questionamentos sobre o papel que ele teria desempenhado nos eventos investigados e quais critérios foram utilizados para definir os denunciados.