“Desesperado, Cabo faz aliança com prefeitos da base de João Azevêdo.”
-.Fala Silva.- Apesar de prometer não fortalecer a esquerda na Paraíba, deputado federal adota práticas políticas que colocam em dúvida sua coerência ideológica.
Durante a campanha para deputado federal, Cabo Gilberto foi categórico ao prometer que jamais usaria sua influência para beneficiar gestores de esquerda na Paraíba. Chegou a afirmar:
“A minha caneta não potencializará a esquerda na Paraíba.”
No entanto, após eleito, a prática vem destoando desse discurso. Dois episódios recentes mostram contradições que levantam questionamentos entre conservadores paraibanos:
Exemplo 1: Em São Bento, cidade governada por um prefeito do PSB, o PL local — com apoio de lideranças ligadas a Cabo Gilberto — integrou a base de apoio ao candidato indicado pelo atual gestor nas eleições de 2024. Além disso, Cabo autorizou R$ 250 mil de fundo eleitoral para a campanha na cidade, mesmo sem haver candidato a vereador do PL no município, o que levanta questionamentos sobre a real finalidade desses recursos e o alinhamento político adotado.
Exemplo 2: Em Cabedelo, o deputado estadual Wallber Virgulino, do mesmo campo ideológico, foi candidato de oposição ao atual prefeito André Coutinho. Mesmo assim, Cabo Gilberto destinou uma emenda parlamentar para o município. Curiosamente, na mesma semana, seu aliado próximo, Gusmão — que usou partido, recursos e discurso alinhados a Virgulino — passou a se aproximar publicamente do prefeito, inclusive interagindo positivamente em publicações do gestor nas redes sociais.
Esses fatos indicam uma possível mudança de postura por conveniência política, o que tem gerado críticas dentro da própria base conservadora. A Paraíba está atenta: os que usam o nome de Bolsonaro apenas como escudo eleitoral, sem ações que fortaleçam verdadeiramente a direita conservadora, correm o risco de perder credibilidade.
Conservadores estão observando quem prioriza projetos e princípios — e não apenas interesses de grupos fechados.
