“Evangélicos em Transição: O Fim da Aliança com a Extrema Direita?”

Setores evangélicos no Brasil começaram a mostrar sinais de distanciamento da extrema direita, que antes contavam com forte apoio religioso. Durante o governo de Jair Bolsonaro, líderes evangélicos foram fundamentais na promoção de sua agenda conservadora. No entanto, figuras como Pablo Marçal, que traz elementos do triunfalismo pentecostal, têm surgido como alternativas, apesar de enfrentarem críticas de figuras importantes como Silas Malafaia. Outros líderes, como Samuel Câmara, têm apoiado candidatos mais moderados, como Ricardo Nunes, indicando uma possível busca por opções políticas menos radicais.

A disputa política em eventos evangélicos como a Marcha para Jesus também reflete essa fragmentação, com tensões em relação ao uso da fé para fins eleitorais. Enquanto a extrema direita ainda investe fortemente na mobilização religiosa, a esquerda tem dificuldades em atrair esse público. Pesquisadores destacam que essas mudanças estão abrindo espaço para lideranças que adotam posições menos polarizadoras ou mais pragmáticas. Embora a ruptura com o Bolsonarismo não seja completa, há uma crescente tendência de diversificação política entre os evangélicos, refletindo transformações no cenário religioso e eleitoral brasileiro.

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