O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a Casa deve votar, na próxima semana, um conjunto de propostas de combate às facções criminosas, incluindo projetos que equiparam esses crimes ao terrorismo. Ele destacou que a segurança pública “não pode mais parar” e defendeu resultados práticos, com leis que endureçam penas e reforcem o enfrentamento ao crime organizado, sem transformar o tema em palanque político. Motta também informou que a PEC 18/25, que trata da segurança pública, deve ser votada até o fim do ano.
Durante o I Fórum de Buenos Aires, realizado na Faculdade de Direito da capital argentina, o deputado defendeu que o Mercosul lidere o debate regional sobre segurança e combate à violência, lembrando que o continente ainda convive com a influência de narcoestados e que o Brasil, mesmo sem ser grande produtor de drogas, tornou-se rota de exportação. Ele também ressaltou a importância de regulamentar o uso da inteligência artificial, citou avanços como o ECA Digital e o novo Sistema Nacional de Educação, e alertou para o risco da infiltração do crime organizado no financiamento de campanhas eleitorais, afirmando que o tema precisa ser enfrentado “com coragem”.