Em Brasília, quem acompanha de perto já percebeu: o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), resolveu adotar a estratégia da enrolação quando o assunto é a anistia. Em entrevista no dia 9 de setembro, Motta declarou que “não há previsão de pauta, nem de relator” para o projeto que poderia devolver os direitos políticos a Jair Bolsonaro e a milhares de brasileiros perseguidos após os atos de 8 de janeiro.
A fala caiu como um banho de água fria para a base conservadora. Enquanto a esquerda se articula, o Centrão parece mais preocupado em medir forças do que em garantir justiça. Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão num julgamento que já nasceu com cara de sentença pronta, e agora a anistia — caminho natural para corrigir esse abuso — segue travada por decisão política.
Hugo Motta pode até tentar se blindar dizendo que “não há previsão”, mas a verdade é que a Câmara tem nas mãos a chance de se posicionar em favor da democracia de verdade, e não da toga que hoje dita os rumos do Brasil.
Enquanto isso, cresce a pressão da base bolsonarista: ou a anistia anda, ou ficará claro quem realmente está comprometido com a liberdade e quem prefere se acovardar diante do STF.
No fim das contas, a postergação de Hugo Motta mostra que o jogo em Brasília não é de neutralidade — é de escolha. E o Brasil conservador já está de olho.
Bolsonarista a vista. Será possível que diante de tudo que essas pessoas fizeram, ainda estão cegos? É uma piada de mal gosto ter gente defendendo o indefensável.
Até quando, traidores da pátria?