“Ribeiros e PP tentam pressionar Cícero, mas jogada pode sair pela culatra.”
Movimento acaba se tornando mais uma pressão sobre o governador João Azevêdo do que propriamente contra Cícero Lucena.

A orientação da presidente municipal do Progressistas, Vaulene Rodrigues, para que todos os filiados entreguem seus cargos na Prefeitura de João Pessoa, somada ao gesto de Virgínia Veloso Ribeiro e Marcela Ribeiro, parecia uma ofensiva direta contra o prefeito Cícero Lucena. Porém, na prática, a jogada pode não enfraquecer o gestor da capital, mas sim criar mais dor de cabeça para o governador João Azevêdo, que agora precisa lidar com um cenário político fragmentado e de difícil costura para 2026.
Cícero segue firme em suas articulações, ouvindo a população e mantendo aliados estratégicos dentro da gestão, reforçando sua força política diante das tentativas de pressão do PP.
A jogada dos Ribeiro
A saída coordenada de Vaulene e de nomes ligados à família Ribeiro teve um objetivo claro: mostrar força e tentar isolar Cícero. No entanto, o movimento pode ter sido precipitado. Alguns nomes-chave dentro do Progressistas permanecem ao lado do prefeito, como Diego Tavares, titular da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Cidadania, e Guga Pet, secretário da Causa Animal.
Até mesmo o Coronel Kelson, coordenador da Defesa Civil, afirmou não ter recebido qualquer comunicação oficial do partido e pretende continuar ao lado de Cícero. Isso evidencia que o rompimento do PP não atingiu de fato a base de apoio do prefeito.
Cícero não se intimida
Enquanto a cúpula do Progressistas tenta impor uma ruptura, Cícero Lucena mantém a postura que sempre o caracterizou: diálogo e articulação direta com a população. O prefeito aproveita a situação para reforçar sua imagem de gestor independente, mostrando que continua firme como pré-candidato ao Governo da Paraíba em 2026.
João Azevêdo no meio do fogo cruzado
Se tem alguém que sai pressionado desse episódio, não é Cícero. É o governador João Azevêdo. A crise entre o PP e o prefeito coloca o gestor estadual diante de uma encruzilhada: ou ele assume o papel de mediador e tenta costurar uma unidade improvável, ou verá sua base se fragmentar em plena prévia para 2026.
João precisa de habilidade gigantesca para organizar esse novo quadro, sob risco de perder espaço tanto para Cícero quanto para o grupo dos Ribeiro, que agora jogam pesado no tabuleiro político.
Conclusão
O rompimento anunciado por Vaulene e pelos Ribeiro tinha como alvo direto Cícero Lucena, mas acabou revelando que o prefeito continua com apoios importantes dentro do próprio PP. A “jogada de força” pode se transformar em um tiro pela culatra, reforçando a imagem de Cícero como líder político independente e deixando o governador João Azevêdo com a responsabilidade de juntar os cacos de uma aliança que ruiu antes da hora.