“Julian Lemos estava certo sobre o filho de Bolsonaro.”

As mensagens reveladas pela Polícia Federal entre Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escancaram um detalhe incômodo para o bolsonarismo: Julian Lemos já havia alertado sobre o comportamento explosivo do filho de Bolsonaro.
Nos diálogos, Eduardo perdeu o controle e disparou contra o próprio pai uma sequência de palavrões digna de boteco:
“VTNC, seu ingrato do caralho!” – escreveu o deputado federal.
O estopim foi uma entrevista de Jair Bolsonaro ao Poder360, em 15 de julho, quando disse que o filho “não é tão maduro assim”. A frase foi suficiente para Eduardo reagir de forma descontrolada:
“Me fudendo aqui! Você ainda te ajuda a se fuder aí!”
No dia seguinte, como de costume, veio o recuo: Eduardo pediu desculpas, alegando que “pegou pesado”. Mas o episódio deixou claro que Julian Lemos tinha razão desde o início.
O alerta de Julian Lemos
Ex-deputado federal, Eleito pelo PSL e aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, Julian Lemos rompeu com a família presidencial justamente por não aceitar os surtos e a postura autoritária de Eduardo.
Na época, Lemos chamou o filho de Bolsonaro de “mimado” e “problemático”, afirmando que ele queria controlar o partido e mandava até no pai. Por essas críticas, Julian foi imediatamente cancelado pela extrema-direita, que preferiu blindar Eduardo a encarar a realidade.
O tempo deu razão
Agora, com as mensagens expostas pela Polícia Federal, fica claro que Eduardo Bolsonaro nunca teve equilíbrio político nem emocional para o papel que ocupa. O que Julian denunciou anos atrás era apenas a ponta de um problema maior.
O discurso da extrema-direita, que tentou pintar Julian como “traidor”, hoje cai por terra. Os fatos falam por si: quem tinha razão era ele.