Fracasso na Orla: Caminhada organizada por Cabo Gilberto e aliados expõe fraqueza da direita paraibana

Pegou mal: movimento esvaziado não juntou 100 pessoas e virou palanque eleitoral disfarçado de ato conservador
Neste sábado, 20 de julho, o que era para ser uma demonstração de força e união da direita paraibana acabou revelando um cenário bem diferente: desorganização, vaidade política e um público que mal ultrapassou as 100 pessoas.
O movimento, articulado pelo deputado federal Cabo Gilberto, o vereador Fábio Lopes e lideranças de grupos que se dizem de direita, convocou a militância para uma “caminhada na orla”, mas o que se viu foi o abandono completo da base orgânica que realmente construiu o conservadorismo na Paraíba.
Na prática, aderiram ao evento intitulado “Caminhada Resistência Conservadora”, grupos como o Direita Mover, a ACCA (Associação Cristã Conservadora do Amanhã), Marcha da Família e outros movimentos que, desta vez, preferiram o papel de coadjuvantes no apoio e no engajamento digital, do que estar presencialmente no ato.
A imagem que ficou foi clara: não houve mobilização. Os que lideram o discurso de que são os donos da direita paraibana mostraram que, na prática, não representam nem de perto os anseios dos conservadores reais. Cabo Gilberto e Fábio Lopes, os principais nomes à frente do ato, não conseguiram empolgar nem suas próprias bases.
Com Bolsonaro injustamente preso em Brasília, esperava-se um levante, um movimento contundente, com pauta clara e objetivo político. Mas não: a caminhada virou apenas mais um palanque improvisado, repleto de discursos vazios e tentativas frustradas de mostrar força.
Como blog que acompanha e milita no campo da direita, fica impossível não questionar:
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Qual foi a pauta real da caminhada?
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Que mensagem queriam passar?
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Era um ato de apoio a Bolsonaro ou um teste de vaidade e popularidade?
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Onde está a liderança firme e objetiva que o povo conservador espera?
A sensação entre os conservadores da Paraíba é a de que os líderes do PL local estão apenas “cumprindo tabela”, sem foco, sem metas, e sem a capacidade de conectar com as bases. Não é gritando “sou de direita” que se lidera um povo. É com ação, estratégia e representatividade — coisas que hoje, infelizmente, parecem faltar.