Na Paraíba, o senador Efraim Filho tenta se apresentar como uma liderança conservadora, alinhada com os valores da direita e do liberalismo econômico. Mas em Brasília, sua atuação revela outra face – bem mais afinada com os interesses do Governo Lula.
A recente reunião no Palácio do Planalto, divulgada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, expõe com clareza essa contradição. Efraim participou de um encontro ao lado de senadores que são referência na base governista, como Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Cid Gomes (PSB-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Weverton Rocha (PDT-MA).
O objetivo da reunião? Alinhar as pautas prioritárias do Governo Lula no Congresso Nacional – incluindo políticas de estímulo ao gasto público, expansão de programas sociais e articulações para investimentos estaduais com viés claramente progressista.
Enquanto isso, na Paraíba, Efraim tenta manter um discurso de oposição, acenando para o eleitorado conservador como se estivesse distante do governo federal. A realidade, no entanto, mostra o contrário: sua atuação o coloca entre os senadores que colaboram diretamente com a agenda do Planalto.
É legítimo que um parlamentar dialogue com diferentes forças políticas. Mas é também legítimo que o eleitor saiba com clareza quem está de fato representando seus valores e quem está fazendo um jogo de conveniência.
Efraim Filho precisa decidir: quer ser porta-voz do conservadorismo paraibano ou elo silencioso do Governo Lula no Senado?
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