Política

“Bolsonaro Abrigou Influenciadores no Alvorada por Temor de Prisão, Diz Mauro Cid.”

Em 12 de dezembro de 2022, durante os protestos ocorridos em Brasília na data da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o então presidente Jair Bolsonaro autorizou a entrada de três influenciadores no Palácio da Alvorada. Segundo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os influenciadores Oswaldo Eustáquio, Bismark Fugazza e Paulo Souza buscaram refúgio na residência oficial por temerem ser presos pela Polícia Federal.

De acordo com o relato de Cid, após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, os três influenciadores ligaram para Bolsonaro solicitando abrigo. O ex-presidente então autorizou a entrada deles no Palácio da Alvorada. Cid teria alertado Bolsonaro sobre os possíveis problemas que a presença de Eustáquio poderia causar, levando o presidente a determinar que um carro oficial o levasse de volta ao local onde estava hospedado em Brasília. Enquanto isso, Fugazza e Souza permaneceram na residência oficial e jantaram com Bolsonaro.

Na época, Eustáquio, Fugazza e Souza estavam sob investigação por incitação a atos antidemocráticos e suposta ligação com milícias digitais, com ordens de prisão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, Oswaldo Eustáquio encontra-se na Espanha e é considerado foragido pelas autoridades brasileiras. Bismark Fugazza, integrante do canal Hipócritas no YouTube, foi detido no Paraguai em 2023, mas posteriormente liberado com a condição de usar tornozeleira eletrônica.

A delação de Mauro Cid veio à tona após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, levantar o sigilo dos depoimentos. Essa ação ocorreu depois que a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra Bolsonaro, Cid e outras 32 pessoas, acusando-os de planejar um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula. A denúncia inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, formação de organização criminosa, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de seus advogados, nega as acusações e afirma que não cometeu nenhuma ilegalidade. A defesa alega que as ações de Bolsonaro sempre estiveram dentro dos limites constitucionais e que ele não teve envolvimento em quaisquer planos para subverter a ordem democrática. O caso segue em tramitação no STF, aguardando as próximas etapas processuais.

mais informações: www.poder360.com.br

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